Uma mulher de 23 anos, foi baleada na noite deste domingo (17), após uma discussão entre várias pessoas no município de Mazagão, no interior do Amapá, distante 70 quilômetros de Macapá. O suspeito de fazer o disparo que atingiu a vítima na perna, é policial militar do estado.
Confusão termina com mulher baleada por policial militar no interior do Amapá
Circula nas redes sociais imagens que mostram a discussão e o momento do disparo. A vítima foi atingida nas duas pernas. Segundo a polícia, o PM saiu da casa do pai e foi em direção à residência dos vizinhos, quando começou a briga. (Veja vídeo)
No vídeo, vítima e o policial discutem e ele diz: “olha tu nunca mais tira uma errada com a minha cara que eu te mato aqui mesmo… é pra matar? é pra matar?”, diz o policial em um dos trechos.
Em outro momento do vídeo, o policial aparece agredindo fisicamente outra mulher, até que foi contido pelas outras pessoas envolvidas na confusão e se retira do local.
O autor do disparo não estava em serviço no momento da discussão e foi apresentado pela PM na Delegacia de Polícia Civil de Mazagão ainda na noite do ocorrido.
A vítima disse que as duas pernas foram atingidas no momento da confusão.
“Foi atingida as minhas duas pernas, o médico disse que eu posso perder o movimento das minhas pernas, porque atingiu o nervo e o músculo das minhas pernas e eu quero justiça por isso”, disse.
Sobre a conduta do PM, a Polícia Militar do Amapá está apurando o caso.
O Comando Geral da PM, através da assessoria de comunicação, disse que após tomar conhecimento da ocorrência, uma equipe do Batalhão de Policiamento Rural (BPRU), realizou a condução do policial militar até a Delegacia de Polícia Civil do Mazagão para as devidas providências. O procedimento administrativo interno para apurar o ocorrido já foi iniciado pela PMAP.
Durante audiência de custódia, o policial militar envolvido na ocorrência foi liberado sob a condição de utilizar tornozeleira eletrônica.
Sobre o caso, a defesa do policial disse ao g1 que a mãe do militar sofre há vários meses com importunação feita pela família da vítima. De acordo com o advogado, existem vários boletins de ocorrência que comprovam as informações.
Ainda segundo a defesa, o militar não teve a intenção de causar dano à vítima e se arrepende do ato. Foi informado ainda que o mesmo só se deslocou até o endereço da família da vítima pelo fato de que sua genitora foi ameaçada de ter a residência invadida pelos envolvidos na confusão.
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