A Justiça do Amazonas decidiu soltar o comerciante Adeilson Duque Fonseca, conhecido como “Bacana”, acusado de matar o sambista Paulo Onça. A decisão foi tomada nesta semana, meses após o crime.
Paulo Onça morreu após ser agredido por Fonseca durante uma briga de trânsito em Manaus, no dia 26 de maio. O sambista chegou a ser internado, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu semanas depois.
Com a revogação da prisão preventiva, Fonseca deixou a cadeia e agora responde ao processo em liberdade. A Justiça impôs uma série de medidas cautelares para garantir o andamento do caso.
Veja as condições impostas pela Justiça:
Apresentação mensal no Fórum de Manaus; proibição de contato com familiares da vítima; participação obrigatória no projeto Reeducar por 7 meses; uso de tornozeleira eletrônica por 200 dias e proibição de sair de Manaus sem autorização judicial.
A soltura de Adeilson Fonseca causou revolta entre familiares e amigos de Paulo Onça. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) já anunciou que vai recorrer da decisão da Justiça.
O órgão entende que a liberdade do acusado pode atrapalhar as investigações e representa risco à ordem pública. A promotoria quer que Fonseca volte para a prisão até o julgamento final.
Relembre o caso Paulo Onça
O caso aconteceu no bairro Parque Dez, zona centro-sul de Manaus. Segundo testemunhas, Paulo Onça e Fonseca discutiram no trânsito. A briga terminou com o sambista sendo agredido com socos e empurrões.
Paulo caiu e bateu a cabeça no meio-fio. Ele foi socorrido, mas teve complicações e morreu dias depois. O acusado foi preso preventivamente, mas agora está solto por decisão judicial.
O crime gerou grande comoção na cena cultural de Manaus. Paulo Onça era conhecido no samba local e muito querido por músicos e fãs.
O caso segue em investigação e, até o momento, não há previsão para o julgamento.
Fonte: POLÍCIA 24H